Cagalhães, digo Magalhães

Reenvio como recebi.
Não há ninguém em Portugal com acesso aos 'media',
e que não dependa de lugares ou favores, que possa desmascarar a
esperteza saloia destes 'políticos' poucos escrupulosos e sem
nível?...
*** Magalhães ***
o mais escandaloso golpe de propaganda do ano
Os noticiários abriram há dias, com pompa e circunstância, anunciando
o lançamento do 'Primeiro computador portátil português', o
'Magalhães'.
A RTP refere que é 'um projecto português produzido em Portugal'
A SIC refere que 'um produto desenvolvido por empresas nacionais e
pela Intel' e que a 'concepção é portuguesa e foi desenvolvida no
âmbito do Plano Tecnologico.'
Na realidade, só com muito boa vontade é que o que foi dito e escrito
é verdadeiro. O projecto não teve origem em Portugal, já existe desde
2006 e é da responsabilidade da Intel. Chama-se Classmate PC e é um
laptop de baixo custo destinado ao terceiro mundo e já é vendido há
muito tempo através da Amazon.
As notícias foram cuidadosamente feitas de forma a dar ideia que o
'Magalhães' é algo de completamente novo e com origem em Portugal. Não
é verdade.
Felizmente, existem alguns blogues atentos. Na imprensa escrita
salvou-se, que se tenha dado conta, a notícia do Portugal Diário:
'Tirando o nome, o logótipo e a capa exterior, tudo o resto é idêntico
ao produto que a Intel tem estado a vender em várias partes do mundo
desde 2006. Aliás, esta é já a segunda versão do produto.'
Pelos vistos, o jornalista Filipe Caetano foi o único a fazer um
trabalhinho de investigação em vez de reproduzir o comunicado de
imprensa do Governo.
A ideia é destruir os esforços de Negroponte para o OLPC.
O criador do MIT Media Lab criou esta inovação, o portátil de 100 dólares...
A Intel foi um dos parcceiros até ver o seu concorrente AND ser
escolhida como fornecedor. Saiu do consórcio e criou o Classmate, que
está a tentar impor aos países em desenvolvimento.
Sócrates acaba de aliar-se, SEM CONCURSO, à Intel, para destruir o
projecto de Negroponte. A JP Sá Couto, que ja fazia os Tsumanis, tem
assim, SEM CONCURSO, todo o mercado nacional do primeiro ciclo.
Tudo se justifica em nome de um número
de propaganda política terceiro-mundista.
Para os pivots (ex-jornalistas?) Rodrigues dos Santos ou José Alberto
Carvalho, o importante é debitar chavões propagandísticos em vez de
fazer perguntas.
Se não fosse a blogosfera - que o ministro Santos Silva ainda não
controla - esta propaganda não seria desmascarada. Os jornalistas da
imprensa tradicional têm vindo a revelar-se de uma ignorância,
seguidismo e preguiça atroz.



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