Parecia que jogava na selecção há anos. Muito confiante, personalizado e concentrado, foi o melhor em campo. Tapou caminhos para a baliza de Ricardo, mandou na zona defensiva, recuperou bolas e saiu a jogar. Pelo caminho ainda assustou a Finlândia em duas subidas à área adversária. Numa marcou mesmo, foi em falta.
Fernando Meira, uma aposta ganha
Scolari colocou-o a trinco e ganhou a aposta. Trouxe agressividade ao meio-campo, recuperou bolas e manteve a defesa a salvo de aflições. Pareceu pecar apenas por se colar demasiado aos centrais sobre o final do encontro. Ainda na primeira parte quase marcou numa subida à área adversária, mas a bola saiu a beijar o poste.
Bosingwa, cada vez melhor
A melhor jogada da primeira parte nasceu do lateral, que subiu em velocidade e serviu Nuno Gomes para um remate perigoso. Depois disso caiu de produção ofensivamente, para voltar a crescer na segunda parte, em vários sprints que deram profundidade ofensiva ao futebol português. Defensivamente nota vinte. Não passou ninguém por ali.
Cristiano Ronaldo, nos intervalos
Grande parte da ineficácia atacante partiu da ausência de mágicos. Quaresma e Ronaldo estavam em campo, mas pouco. O extremo do Manchester ainda fez alguns sprints que concluiu em cruzamentos, tentou também o remate de longa distância um par de vezes, mas tudo espremido parece que apareceu só nos intervalos e sem grande eficácia.
Quaresma, uma hora depoisPor momentos pareceu que era preferível tirar o extremo de campo. Nada de lhe saía bem. Mas é que nada mesmo. Continuou a insistir até não poder mais, melhorou quando atirou de trivela para boa defesa do guarda-redes finlandês, primeiro, e para um remate perigoso de Maniche, depois, mas mesmo assim foi pouco. Era preciso muito mais.
Miguel Veloso, certinho quando foi preciso
Jogou numa posição ligeiramente mais adiantada do que é costume, funcionando sobre a esquerda do meio-campo. Pedia-se-lhe que fechasse o espaço e que apoiasse o ataque, tarefa que Miguel Veloso cumpriu com eficácia. Não fez um jogo exuberante, mas cumpriu e foi dos jogadores que conseguiu ter mais discernimento com a bola nos pés.
O sofrimento e a sorte que foi portuguesa
A selecção finlandesa mostrou ser uma equipa certinha, que defende primeiro, ataca depois e fá-lo muito num jeito muito físico. Portugal podia por isso ter evitado aquele sofrimento final. Um sofrimento terrível, em que o Europeu ficou por centímetros: os centímetros que separaram a baliza de um desvio de Bruno Alves para a própria baliza.
O Dragão gosta da Selecção
Antes do jogo muito se falou dos assobios e do medo que o público do Porto perdesse a paciência para com a Selecção Nacional. Pois bem, se há gente que tem paciência de chinês, é a que esteve esta noite no Dragão. Tiveram todas as razões para se irritarem, mas não. Souberam sofrer, mantiveram o apoio e saíram em festa.
Scolari irritado com jornalistas
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