Reflexão do Alvim

Retirei um texto do blog do Alvim e decidi colocar aqui porque meus amigos como eu concordo com isto!!!
"Se há coisas que importam na noite é a moda, mas não necessariamente a moda têxtil. Falo da outra moda, a moda de um sítio, de uma palavra, um produto, de um acto, de uma forma de estar, de uma pessoa.
E há pessoas que estão na moda e não são obrigatoriamente modelos nem estilistas. Por exemplo, a cerveja mini foi a grande moda deste verão, da mesma forma, que há uns anos atrás chegou a ser moda usar as botas Sendra e os isqueiros Zippo que colocam a um canto o infantil uso das sandálias crocks.
E agora que me lembro, houve uma altura em que estava na moda fazer festas cujas receitas revertiam para a Abraço, lembram-se disto? Andávamos todos com os lacinhos ao peito e era bestial – nunca fui tão feliz!- porque era um tempo em que se bebia mais do que o costume porque era tudo pela solidariedade.
“Então, vai mais um vodka maçã, olhe que já é o sexto? Venha ele e brindemos à Abraço, pois está claro!” E depois? Depois não sei o que se passou. Deixou de ser fashion, a Abraço deixou de ter tantos spots na televisão, a Margarida Martins colocou uma banda gástrica e apareceu a Sol, a Casa do Gil, a Margarida Pinto Correia com brincos de todas as cores, Timor Leste e o Luís Represas a cantar “Ai Timor, Ai Timor!” e mais recentemente a causa ambiental que tem na figura de Al Gore, uma espécie de novo papa, talvez mesmo, o Gandhi dos Glaciares e da Floresta Amazónica.
E agora – sim agora pergunto (gostava que me imaginassem de joelhos no chão, gritando para o céu como se tivesse acabado de perder um filho): Que é feito das festas de Espuma? Ah? O que terá acontecido a esse glamouroso ritual? Porque é que já não vejo cartazes brancos colados em árvores esguias anunciando uma festa de espuma como deve ser, das boas, daquelas onde tantos chegamos a perder amigos e familiares até aos dias de hoje. Só eu, perdi a minha prima Andreia na festa de espuma do Penha e o meu irmão Diogo na Monumental festa de Espuma da Kadoc. Venham para casa malandros.
Mais. O que é feito do programa vibrações que nos mostrava discotecas em grande divertimento e onde aparecia invariavelmente um senhor de bigode a trincar com grande à vontade uma coxa de frango e um pedaço generoso de entrecosto? Onde estão todos? Quem terá acabado com a Happy Hour que tanta alegria trazia aos que conseguiam chegar primeiro ao balcão?E aquele bar está na moda, e aquele sítio é muito fashion, e ali é que é bom, não não nada disso puto, quem está mais in agora é ali aquela esplanada, estás a ver? E onde é que vamos? E onde é que é bom? Liga para a tua amiga a ver como é aquilo está: Isso está em grande ou não? E quero ir para lá, vamos mas é para aquele que eu te disse. Para este. Para aquele. Vá, vamos decidir ou ainda acabamos a comer cachorros no Victor.
Eu vou por ali. Eu ia pela outra hipótese. Vamos embora que me telefonou o meu primo a dizer que aquilo está impregnado de miúdas giras? Acho que são 7 mulheres para cada homem. A amiga dele diz que até são mais. Esse gajo está a mentir. E se não nos deixam entrar? E conheces o porteiro? E controlas a cena? Quem é que leva o carro? Quem é o condutor cool? Encontramo-nos à porta? Está combinado, não entra ninguém sem nos encontrarmos todos.É à porta? Fica combinado, encontramo-nos à porta. "


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